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Educação Financeira

Educação Financeira

Como usar a previdência complementar para reduzir seu Imposto de Renda

Desconto pode chegar a 12% da renda bruta anual tributável, no modelo de declaração completa

 

Carlos Vasconcellos*

 

Contribuir com a previdência complementar é uma forma de construir, hoje, o seu futuro. Trata-se de um excelente mecanismo para a formação de poupança de longo prazo, para que você possa complementar sua renda de aposentadoria ou realizar seus projetos de vida. Mas também é possível obter vantagens imediatas ao contribuir para um plano como o Prece III, por exemplo.

Estamos falando do benefício tributário para quem fizer contribuições para um plano de previdência privada. As contribuições realizadas até o final do ano, incluindo os aportes regulares e adicionais, podem ser abatidas na Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física no ano seguinte. Com isso, você pode reduzir o valor a pagar ou engordar a sua restituição de imposto em 2021.

Declaração Completa

A dedução é válida para quem faz a Declaração de Renda no modelo completo, e é contribuinte do INSS ou de algum outro regime de previdência, como a previdência dos servidores públicos. O limite de abatimento corresponde a 12% da renda bruta anual tributável. Isso quer dizer que, se você recebeu rendimentos tributáveis de R$ 100 mil durante o ano, poderá abater até R$ 12 mil do imposto a pagar no ano seguinte.

Além do salário anual, a renda tributável inclui ganhos em bônus, aluguéis de imóveis, pensão e aposentadoria pelo INSS. Outras receitas como 13º salário e Participação nos Lucros e Resultados da empresa não são tributadas na fonte e, por isso, não são incluídas nesse cálculo.

Assim, se você ainda não tem um plano de previdência complementar, aproveite e se associe ao Plano Prece III para começar a investir em seu futuro, e ainda ter mais uma possibilidade de desconto no seu Imposto de Renda. Para se inscrever, basta clicar aqui.

Lembramos que é importante fazer a comparação. A declaração completa permite abater outras despesas dedutíveis (além das contribuições com a previdência complementar), tais como gastos com saúde, educação e dependentes, entre outros, acima do limite do desconto simplificado.

Enquanto isso, o desconto para quem faz a Declaração Simplificada é de 20% da renda tributável, com um limite máximo de R$ 16.754,34 do rendimento bruto (posição em dezembro do ano anterior). Então, faça as contas: some seus rendimentos tributáveis, as contribuições previdenciárias e os gastos dedutíveis, para escolher o melhor modelo de Declaração. Não se esqueça de que, independentemente do benefício tributário, seus aportes para a previdência ficam na sua conta, para construir o seu futuro.

*Carlos Vasconcellos é jornalista de economia, especializado em temas

previdenciários e colaborador do jornal Valor Econômico.

Saúde e Bem-Estar

Saúde e Bem-Estar

Imunidade em tempos de pandemia

Como reforçar a imunidade em tempos de pandemia?

 

Por Sânia Motta*

 

A pandemia de coronavírus, que chegou ao Brasil em março, trouxe muitos medos e incertezas para todos. Para prevenir a Covid-19, os cuidados com a higiene foram redobrados e muitas falsas informações sobre como evitar a doença também foram divulgadas.

 

No entanto, é de comum acordo que alguns simples cuidados podem ser tomados a fim de evitar a propagação do vírus, principalmente entre os mais alérgicos. Além de seguir todas as orientações fornecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – como fazer o distanciamento social, manter as mãos sempre limpas e usar máscaras -, é importante deixar os ambientes arejados e manter a imunidade em dia.

 

Para o Dr. Alexandre Okamori, imunologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, inúmeros hábitos diários podem contribuir para melhorar nossa imunidade. “Procure sempre fazer refeições saudáveis e balanceadas, com ampla ingestão de frutas e verduras. Também é importante beber bastante líquido, principalmente água, ficar atento à qualidade do sono e praticar atividades físicas regularmente, mesmo em casa”, destaca.

 

A influência da saúde mental na imunidade

Além de seguir as orientações de cuidados com o corpo, Dr. Alexandre lembra a importância de cuidar da saúde mental, principalmente em tempos de isolamento, em que as pessoas passam a ter maior propensão a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome do pânico.

 

“O estresse e outras alterações emocionais são fatores que podem contribuir para a baixa imunidade. Por isso, o contato com familiares e amigos, mesmo que por meio de ligações e videoconferências, é essencial para manter a socialização. Desenvolver novos hobbies e inserir atividades de lazer, ainda que virtuais, também ajudam a manter a mente saudável”, ressalta o médico.

 

Segundo o imunologista, os idosos pertencem a um grupo que merece cuidado extra quando se fala em imunidade. “Conforme o corpo envelhece, ocorrem alterações nas defesas do organismo, favorecendo o aparecimento de doenças. Por isso, é essencial dar uma atenção ainda mais especial à alimentação e ao sono regular, sem esquecer as atividades físicas e os cuidados com a saúde mental”, reforça.

 

Dr. Alexandre alerta ainda sobre fórmulas ‘mágicas’ que prometem aumentar a imunidade. “Não existe um medicamento específico para isso. A imunidade é um fator imprescindível para a defesa do organismo contra agentes invasores, sejam bactérias ou vírus, como o da influenza ou o próprio Covid-19. Mas, para proteger o corpo contra vírus ou bactérias, a maneira mais eficiente continua sendo a adoção de hábitos saudáveis”, conclui.

 

Imunidade alta, saúde em dia

 

– Mantenha o organismo hidratado.

– Evite fumar ou se expor a ambientes com muita poeira ou fumaça.

– Deixe o ambiente arejado, com janelas abertas.

– Evite o contato com pessoas gripadas ou resfriadas.

– Tente respirar sempre pelo nariz e não pela boca, pois as narinas têm a função de filtrar e aquecer o ar que entra.

– Lençóis, edredons e roupas devem ser expostos ao sol e lavados sempre que necessário.

– A alimentação deve ser balanceada com sopas e caldos ricos em verduras e legumes. As frutas são essenciais, principalmente as que contêm vitamina C, como a laranja. Elas ajudam a prevenir gripes e resfriados.

 

*Sânia Motta integra o núcleo editorial da Nós da Comunicação.

Educação Previdenciária

Educação Previdenciária

Tabela Progressiva x Tabela Regressiva: como escolher

A escolha do modelo de tributação do seu plano de previdência pode fazer muita diferença. Entenda as vantagens de cada tabela

 

Carlos Vasconcellos*

 

Fazer a inscrição em um plano de previdência é uma decisão importante. Afinal, a formação de uma reserva de longo prazo é fundamental para realizar projetos de vida e garantir um futuro mais tranquilo. No entanto, ao se filiar a um plano como o Prece III, por exemplo, você deve tomar outra decisão importante: escolher o modelo de tributação que incidirá sobre seus recursos. E essa escolha pode fazer uma grande diferença quando você for receber o seu benefício.

Na prática, os modelos de tributação indicam como será a cobrança do Imposto de Renda no momento em que você receber o valor acumulado na fase de contribuição. Essa cobrança pode ser feita por meio da Tabela Progressiva ou por meio da Tabela Regressiva, cuja escolha deve ser feita no momento da adesão, sem possibilidade de retratação.

Progressiva

A Tabela Progressiva é a mesma que incide sobre o seu salário e outras fontes de renda tributáveis, como aluguéis, por exemplo. Ela se chama Progressiva, porque o valor da alíquota aumenta conforme o valor do benefício, variando desde a isenção do imposto até um máximo de 27,5%. Pelos valores hoje em vigor, um saque anual de R$ 22.847,76 é isento de imposto, enquanto benefícios acima de R$ 55.976,16 anuais pagam a alíquota máxima.

Além disso, na Tabela Progressiva, há incidência de Imposto de Renda na fonte. O valor poderá ser compensado para mais ou para menos, dependendo de suas outras fontes de renda, na Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física do ano seguinte.

Regressiva

E a Tabela Regressiva? Bem, criada em 2005 para estimular investimentos de longo prazo, a Tabela Regressiva começa com um valor máximo de 35% e vai recuando quanto maior for o tempo que você deixa os recursos investidos, chegando até um mínimo de 10%. A alíquota máxima é cobrada quando você saca os recursos antes de dois anos. O valor vai regredindo cinco pontos percentuais a cada dois anos, até chegar ao piso.

É importante observar que, antes de alcançar o prazo de 10 anos, quando a alíquota atinge o valor mínimo, os saques são feitos sobre os recursos aportados há mais tempo. E do montante de aportes, é feita uma média ponderada das alíquotas para definir a tributação. Depois de 10 anos em diante, a alíquota de imposto será sempre de 10%, qualquer que seja o valor do benefício.

Quanto ao Imposto de Renda cobrado na fonte, quando você escolhe a Tabela Regressiva, essa cobrança é definitiva, no momento da retirada do benefício. Ou seja, você não tem a possibilidade de recuperar parte do valor ou de reduzir o imposto a pagar na Declaração do ano seguinte.

Escolha

E agora, qual escolher? A melhor opção depende muito do seu objetivo e dos valores na sua conta previdenciária. Em geral, a Tabela Regressiva pode ser recomendável para quem pretende deixar os recursos no plano por um período mais longo, de, pelo menos, 10 anos antes de começar a receber os benefícios. Também é uma opção melhor para quem tem renda mais baixa, com poucas despesas dedutíveis no Imposto de Renda e, por isso, faz a declaração do IRPF no modelo simplificado.

A Tabela Progressiva, por sua vez, é mais indicada para quem pretende receber os benefícios em prazos menores. Se você vai tirar os recursos em até quatro anos, por exemplo, pagará uma alíquota máxima de 27,5%, quando a alíquota regressiva estaria em 35% ou 30%.

A Progressiva também é indicada para quem ganha salários mais altos, com mais despesas dedutíveis e opta pela declaração no modelo completo. Ou, então, para quem vai receber benefícios em valores menores, até o limite da isenção, porque, nesse caso, não pagaria imposto. Quem pretende tirar o dinheiro a partir dos 65 anos, também pode levar vantagem com a Tabela Progressiva, já que a faixa de isenção do Imposto de Renda tem um abatimento atual no valor de R$ 1.903,98.

Então, agora que você já sabe um pouco mais sobre a diferença das Tabelas Regressiva e Progressiva, pense bem, faça sua escolha e se inscreva no Prece III para começar a construir hoje o seu futuro.

 

*Carlos Vasconcellos é jornalista de economia, especializado em temas

previdenciários e colaborador do jornal Valor Econômico.