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Educação Financeira

Educação Financeira

 

A Economia contra a Covid-19

 

O que tem sido feito para conter o impacto na vida de pessoas e empresas durante a pandemia do novo coronavírus

 

*Por Carlos Vasconcellos

 

A pandemia do novo coronavírus não é apenas uma crise de saúde. Ela causa impacto direto na economia global, e não poderia deixar de ser assim também no Brasil. A necessidade de isolamento social e de uma quarentena forçada cria dificuldades para empresas em todos os setores da economia, aumenta o desemprego e prejudica a vida de profissionais autônomos e de pequenos e médios empreendedores.

 

Esse cenário instável cria um desafio paralelo para o governo e a sociedade, que não podem arcar com o risco de uma retomada sem controle da atividade econômica, ao mesmo tempo em que precisam lidar com o impacto econômico na vida das famílias. Uma série de medidas diretas vem sendo adotadas para tentar reduzir os efeitos dessa crise na vida das empresas e das famílias.

 

Até o último dia 28 de abril, segundo dados divulgados pela Caixa Econômica Federal, o auxílio emergencial de R$ 600 – disponibilizado pelo governo para trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados – durante a pandemia, havia sido liberado para 44,3 milhões de pessoas. Ao todo, os recursos somavam R$ 31,3 bilhões em renda para os trabalhadores.

 

Com o objetivo de amenizar os impactos da pandemia, a declaração de Imposto de Renda de Pessoas Físicas teve o prazo de entrega prorrogado para o final de junho. Para aliviar as finanças familiares, uma medida provisória do governo liberou R$ 40 bilhões para ajudar pequenas e médias empresas a custearem suas folhas de pagamento. O objetivo é ajudar esses empreendedores a manterem seus negócios durante a quarentena, e tentar conter o aumento do desemprego nesse período de baixa atividade.

 

Também foi aberta a possibilidade de negociações coletivas para redução salarial, em troca da manutenção de empregos durante a pandemia. Outras medidas tomadas para ajudar as empresas a manter seus negócios incluem, por exemplo, o adiamento do pagamento do Simples Nacional e a abertura de uma linha de crédito de R$ 7,5 bilhões da Caixa Econômica e do Sebrae para micro e pequenas empresas, e para microempreendedores individuais (MEI).

 

A sociedade também se mobiliza por meio de redes de doações e iniciativas que usam as redes sociais para estimular o consumo em pequenos negócios locais. Algumas empresas criam vouchers para consumo futuro. Essa alternativa permite que o consumidor adquira algum produto ou serviço que será utilizado somente após o final da quarentena. Dessa maneira, as empresas e estabelecimentos comerciais conseguem um alívio no caixa para atravessar essa crise nunca antes vivida em todo o mundo.

 

Ao mesmo tempo, a livre negociação entre empresas e consumidores tenta conter os estragos na economia e preservar contratos. Muitas escolas estão negociando descontos com os pais nesse período de pandemia, em que as aulas têm sido realizadas a distância. Também tem sido comum a negociação entre inquilinos e proprietários para redução de aluguéis nesse tempo de crise.

 

Tudo isso mostra que a sociedade precisa continuar mobilizada para tentar reduzir ao máximo o impacto econômico da Covid-19. Não é um desafio simples, mas todos podem fazer sua parte. Proteja-se do vírus e fique de olho nas suas finanças, para sair da quarentena com a saúde financeira em dia.

 

*Carlos Vasconcellos é jornalista de economia, especializado em temas previdenciários e colaborador do jornal Valor Econômico.

 

 

Saúde e bem-estar

25O Novo Coronavírus: prevenir é o melhor remédio

 

Por Sânia Motta*

 

Cada vez mais aumenta o número de casos de Covid-19 no Brasil. Transmitida por gotículas respiratórias, tosses e espirros, objetos contaminados pelo vírus e, até mesmo, disseminados pelo ar, a doença afeta, principalmente, pessoas com a imunidade debilitada. O período de incubação pode chegar a 14 dias.

 

Com a falta de leitos, tanto em hospitais públicos quanto em particulares para atender a todos que precisam, e sem medicamentos comprovadamente eficientes para o tratamento da doença, a melhor forma de se prevenir é seguir as orientações do Ministério da Saúde e das demais autoridades públicas. Além disso, a higiene precisa ser ainda mais reforçada. Confira algumas dicas:

 

  • Lave as mãos por, no mínimo, 20 segundos com água e sabão até os punhos, sem se esquecer de esfregar entre os dedos e os polegares. Dê preferência ao sabonete líquido.
  • Utilize álcool 70% para substituir a lavagem das mãos, caso não haja água e sabão próximos, ou até para finalizar a higienização.
  • Evite passar as mãos na boca, nos olhos e no nariz, pois o vírus é transmitido por vias aéreas e pelo contato com secreções respiratórias.
  • Ao tossir ou espirrar, tampe a boca com os cotovelos.
  • Se precisar ir à rua em algum momento, utilize máscara e leve álcool em gel para passar nas mãos.
  • Ao chegar da rua, tire os sapatos do lado de fora de casa. Em seguida, lave bem as mãos, retire a máscara e as roupas, e coloque tudo em uma sacola plástica fechada. Em seguida, tome banho.
  • Higienize todos os produtos que comprar com água e sabão, álcool 70% ou uma solução feita com água sanitária.
  • Mantenha os ambientes limpos e higienize superfícies, móveis e até o celular com produtos desinfetantes, como água sanitária ou álcool 70%.
  • Estar com vacinas contra a gripe em dia é a recomendação da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM).

 

Caso você sinta sintomas de gripe, como febre alta, tosse seca, calafrios, dor de cabeça e mal estar, fique atento. Em sua forma mais severa, a Covid-19 pode evoluir para falta de ar e pneumonia grave. Nestes casos, procure imediatamente atendimento médico. Mas, se você estiver com sintomas leves, mantenha-se em casa, isolado das pessoas com quem convive por 14 dias. De toda forma, é importante buscar o atendimento médico para melhor avaliação.

 

Para esclarecer suas dúvidas sobre a Covid-19 ou saber se você pode ter a doença, há vários canais disponíveis que podem te ajudar:

 

Cedae Saúde: nosso plano de saúde disponibilizou canais extras de atendimento para que todos os beneficiários possam ter acesso a informações, além de uma equipe de médicos dedicada a fazer teleatendimento pelo número (21) 2126-7179.

 

Ministério da Saúde: o site www.coronavirus.saude.gov.br, criado pelo Ministério, disponibiliza inúmeras informações sobre a doença e um chat para tirar as dúvidas.

 

UNA-SUS: o Sistema Único de Saúde disponibiliza o Disque Saúde (136) e o aplicativo Coronavirus – SUS.

 

Rede Dor: a rede de hospitais está fazendo exames da Covid-19 sem custos no estacionamento do shopping Via Parque. Para fazer o teste, você precisa baixar o aplicativo ‘Dados do Bem’ e responder a um questionário sobre a doença. Caso seja identificada uma possível contaminação, o app abre para você marcar o exame.

 

*Sânia Motta integra o núcleo editorial da Nós da Comunicação.

Educação Previdenciária

Educação Previdenciária

Reforma da Previdência: você está preparado?

O que muda com a aprovação da reforma previdenciária e por que a formação de uma reserva de longo prazo ficou ainda mais importante

 

*Por Carlos Vasconcellos

 

A Reforma da Previdência provocou uma série de mudanças que têm forte impacto para os trabalhadores vinculados ao Regime Geral de Previdência. Se antes não havia idade mínima para a aposentadoria das mulheres, a partir da promulgação da Reforma ela passou a ser de 62 anos. Já o tempo mínimo de contribuição agora é de 15 anos para mulheres e de 20 anos para homens.

Outra mudança importante é que o valor da aposentadoria paga pelo INSS passa a considerar a média de todo o histórico de contribuição dos trabalhadores, sem descartar as 20% mais baixas, como era feito anteriormente.

A Reforma não mexe com os direitos de quem se aposentou. Quem já contribuía com o INSS antes da promulgação da lei se enquadra nas regras de transição criadas no âmbito da Reforma. Uma delas prevê que, para ter direito à aposentadoria integral, o contribuinte deve somar o tempo de contribuição e o tempo de idade, que deve atingir um limite inicial de 86 para mulheres e 96 para os homens. Esse limite sobe um ponto a cada ano, até chegar a 100 para mulheres e 105 para homens.

Nessa regra, o valor da aposentadoria é de 60% do valor do benefício integral considerando 15 ou 20 anos trabalhados (dependendo se o contribuinte for mulher ou homem). Mais 2% são somados a cada ano adicional trabalhado. O valor pode até passar de 100%, mas não poderá superar o teto do INSS.

Há outras regras de transição, mas o que a Reforma da Previdência mostra é que a aposentadoria ficou mais difícil, e as pessoas terão de trabalhar mais tempo para conseguir o benefício, que é limitado. Então, fica a pergunta: você está preparado?

Mais do que nunca, a formação de uma reserva financeira de longo prazo se tornou fundamental para um futuro mais tranquilo. E isso faz com que o papel dos planos de previdência complementar tenha ainda mais importância. Especialmente quando você pode contar com o aporte de uma patrocinadora, como a Cedae, que acompanha a contribuição do participante mensalmente, ou seja, para cada valor depositado pelo Participante, a título de contribuição básica, a Patrocinadora depositará valor idêntico. Na prática, esse aporte da Cedae representa um rendimento imediato de 100% sobre o valor investido, retorno praticamente impossível de se conseguir no mercado.

Por isso mesmo, o Prece III, plano de contribuição definida (CD) da Prece, é uma excelente opção para a formação dessa reserva financeira de longo prazo. Além dos aportes da patrocinadora, o Prece III conta com uma gestão eficiente de investimentos para rentabilizar suas contribuições e impulsionar o crescimento da sua reserva pessoal. Em 2019, o Plano, que está aberto a novas adesões, obteve uma rentabilidade de 13,90%.

Vale lembrar que o investimento previdenciário é um investimento de longo prazo. E é justamente o efeito acumulado de contribuições e rentabilidade dos investimentos ao longo do tempo que vai gerar a formação dessa tão necessária reserva.

Por isso, prepare-se para o novo cenário da Reforma da Previdência. Se você já contribui com o Prece III, continue com a gente. Se você ainda não é associado, não perca tempo. O futuro é logo ali.

 

*Carlos Vasconcellos é jornalista de economia, especializado em temas previdenciários e colaborador do jornal Valor Econômico.